segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Passado

Uma das personagens mais bobas desse livro é a tal da ex-namorada do Ryan. Tadinha, querer alguém que não te dá a mínima é um tanto chato. O problema é que ela o quer APESAR de não ser querida. Obsessão? Talvez.
Uma coisa certa é que, querendo ou não, existe uma parte do nosso passado que nos persegue. Um telefonema dois anos depois de um fim que você jurava ser definitivo, aquele pedido de amizade no facebook de quem você acha que no mínimo foi desintegrado por aliens, um pedido de desculpa sobre algo que nem pra você ainda tem importância. Não sei se é maluquice, mas eu gosto de me manter informada sobre meu passado, talvez pra não ser surpreendida por ele, talvez porque seguir em frente é mais complicado. Começar do zero me assusta.
O maluco disso tudo é que quando a gente se mantém próximo do passado, parece que tudo é presente, parece que amadurecer fica mais rápido e, sem me atrever a dizer que fica mais fácil, digo que se torna mais fácil de pegar o jeito. Mas eu não vivi tanto assim.
Passado, presente, quem se importa? E não vamos dizer que temos que olhar pra o futuro porque a maioria de nós tem medo dele. Você não? Se muito queremos chegar logo no fim de semana, queremos ver logo o novo episódio daquela série muito boa que só passa uma vez por semana. Viver é um desafio, sentir é um desafio, chorar é outro. Quando percebemos que estamos no presente, esse presente já passou e virou passado. Então pra que prestar atenção?
Durma e veja se sentirá fome ao acordar, não espere que aquele garoto te note na multidão, se aproxime e pisque pra ele!
May vive pra sempre, nós não, então vamos viver.
Filosofei. Obrigada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amém!

Eu finalmente espero que essa seja a última capa que esse livro possa ter. A votação está encerrada e numa vitória linda a capa número 1 estará no livro a partir de agora! Como eu mesma não me canso de olhar pra ela, aqui vai uma aparição da vencedora:

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Here we go again

Você acha que seria justo morrer quando seu maior desejo não se cumpriu? Você desejaria voltar para cumpri-lo? Bom, a May voltou, mas ela sabe que o que ela mais quer é também o que ela mais teme: o amor.

Não, esse não é um livro extremamente piegas repleto de paixões impossíveis e lágrimas derramadas, é um livro onde uma garota morta tenta amar alguém no mundo real, onde as pessoas mentem, onde a dúvida existe, onde os adolescentes vivem suas vidas incosequentes e se preocupam com a opinião dos outros quando eles os julgam o tempo inteiro. Claro que tem suas pitadas de amor, mas as mesmas pessoas que se amam se xingam bastante. May pode não ser mais um ser vivente, mas ela tem cérebro de um ser humano, logo, pensa como um.
Talvez eu o tenha escrito por estar cansada de tudo o que eu leio seja impregnado de um amor mega power ultra lindo quando a realidade é que ele é, na maioria das vezes, confuso e angustiante.
Os personagens desse livro vivem então em uma dessas histórias reais misturada com um pouco de fantasia. Os veremos se encher de conflitos interiores sobre o que está acontecendo com eles quando aquele sentimento esquisito, que faz nascer borboletas na barriga, quer agora controlar seus atos quando nunca tinha exigido tanto antes. O que você estaria disposto a mudar em si mesmo por aquela que você acredita ser a pessoa certa? Mas e se a pessoa certa parecer errada demais? Às vezes é, fato.
A história é pra aqueles românticos que conseguem enxergar a paixão nos pequenos detalhes, a história é pra você que cansou do perfeito e quer só o que realmente acontece quando é nossa vez de tentar. A história é pra você que está disposto a cair nesse mistério sem ter medo do fim que está escrito nas páginas desse livro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As aparências enganam


Sabe, na primeira versão escrita de DMN, eu me lembro muito bem dessa frase do título aparecendo no início do capítulo 4, quando os dois estavam bem sentados numa mesa de restaurante. Tirei porque a cena do restaurante me atrasava um monte e, sinceramente, não tinha nada a ver com o que eu queria trazer em seguida. Mas apesar dos defeitos, era uma parte legal de ler; a May tava fazendo o Ryan de idiota com seus foras bem dados e ela retruca exatamente com o título do post quando ele diz pensar que ela fosse mais boazinha.
Acho que esse desenho é mais ou menos a parte má da May. Talvez não má, exatamente, mas a parte que vai contra sua meiguice, sua parte sexy. Poucos acreditaram que essa era a May quando eu surgi com o desenho, mas, querendo ou não, é assim que ela é algumas vezes. E é assim que ela é capaz de enlouquecer os sentidos de Ryan; não bastando ser só bonita ela tem que ser provocativa também. Dale May.
Metade do estereótipo que ela ganha na nossa imaginação ao ler o livro vem da insegurança dela em relação à sua morte, sabemos que ela constantemente se deixa abater pelo que é, e por isso aquela garotinha frágil que o pobre Ray quer proteger aparece. Mas ele acaba percebendo que não tão boazinha assim. Acho que isso é um aviso aos homens: mulheres aparentemente indefesas podem ser pequenas feras por dentro. Pois é, acho que fico por aqui, rindo sozinha da malícia incosciente da espécie feminina.