segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Watching someone leave

Meu aniversário passou, fiquei velha. O Natal passou, minha fé cresceu. Ano novo está por vir, estou com medo. Verão, tempo de praticar meus conhecimentos no volante. A sensação é muito boa. Menos quando a minha última aula foi sobre como subir de ré numa ladeira e eu tive pesadelos com o carro descendo desenfreado.
Tenho ficado longe da civilização por algum tempo, tenho passado bastante tempo com meu violão, também ando lendo bastante, e escrevendo. Esses dias ressuscitei umas velhas músicas e pela primeira vez percebi o quanto elas são bonitas. Eu estou sempre catando essas bandinhas novas que ainda não fazem muita grana porque eles gostam de se divertir, de mostrar o que sentem.
Espero que essa música inspire muita gente, porque inspirou a mim.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

DESTAQUE!

Fiquei chocada com o talento desse garoto, o Israel. Dezessete anos e uma mente poderosa! Aqui vai uma pequena demonstração da capacidade dele de encantar:


Indeciso e Irresoluto:

[Sobre as escolhas e a impotência humana mediante as forças da vida, com ênfase nas dificuldades da juventude].
...
Tantos caminhos labirínticos... Cuidado, o minotauro!
Ah, tantos labirintos caminhos... Tantos túneis cavoucados de tatus cegos. São tantas cavernas a esquerda, a direita, pra cima, pra baixo... Bem, são caminhos, bem ou mal isso se sabe. Não se sabe se são certos, incertos ou errados.
Aonde irei? Que caminho devo escolher? Devo escolher? São tantas aleias. E agora? Tantas flores no caminho. Devo parar e observá-las ou continuar seguindo o fluxo? O agora. O pós.
Queria poder ser muitos, me fragmentar em pequenas partes úteis de um só. Queria ter mais tempo para saber o que quero. Queria multiplicar, ou a mim ou ao tempo ou a ambos. Assim poderia aprender tudo que eu gostaria de aprender, poderia ser tudo que eu quisesse ser.
Afinal...
São tantas horas e minutos, e são tão poucas... São tantos grãos de areia na ampulheta, mas os mesmos são tão pequenos...
... E há um descontentamento tão grande por não sermos sobrenaturais, por sermos apenas humanos apenas naturais, por não podermos controlar a existência e o tempo, por negligenciarmos a nós mesmos (o complicado autogoverno). Ó grande impotência do ser humano... Ó tamanho desgoverno!
É tão frustrante não ser superpoderoso, só ser um... Só ser um (ponto – só um ponto). É difícil escolher e controlar os rumos de uma única vida. Penoso mesmo (eu que sei) é ser jovem, receoso, hesitante, indeciso, irresoluto.
E quanto a nós todos daqui da Terra: Somos por acaso?
Somos por acaso humildes pistas ínfimas de um mistério insolúvel infinito (migalhas), ou somos provas documentadas? Alguém ou algo se lembrará de nós quando partirmos?
O único consolo é saber: o ser humano, contudo, excede a própria natureza. Somos O Porém da Terra. Um campo infinito de flores finitas.
Amém.
Israel Silva
Mande seu texto pra meu email, o próximo destaque pode ser você! ja.nobel@hotmail.com

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Do you know

Hum, essa música é saída do forno. A fiz enquanto o zelador do prédio terminava de limpar minhas janelas, pendurado do lado de fora. Interpretem como quiserem. haha

You know
It’s been a long time since I’m not asking anyone to flatter me
You know
It’s been a lonely hide
And now I’m spending time with my own company
You know
It’s been good, it’s been nice
Good bye

I’ve tried to see the blue sky that everyone wants to turn in grey
I’ve gone far enough to miss no one with a smile on my face
Cause I’ve been there, and get there makes you wanna go back
You know

Tonight
The time is passing by, your face ran off of my mind and I’m enjoying this
Tonight
I’ll say that is my turn to go to the top of the world
But I’m still waiting
Tonight
It’s been fine, its all right
Good night

I’ve tried to see the blue sky that everyone wants to turn in grey
I’ve gone far enough to miss no one with and keep a smile on my face
Cause I’ve been there, and come back, makes you wanna have stayed there.
You know

Everyone, everything comes to a time when they can’t be always strong
And all along have been the same.
But I’m not that weak to cry, I’m strong enough to survive
Cause I’ve always knew, I knew that

I’ve tried to see the blue sky that everyone wants to turn in grey
I’ve gone far enough to miss no one with a smile on my face
Cause I’ve been there, and come back, makes you wanna have stayed there.
You know

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

I still got so many unsaid things that i wanna say

Dica: nunca ache que eu vou parar. Nunca ache que eu vou parar mesmo que todo mundo saiba que isso me faz sentir a pessoa mais retardada do mundo. É como se eu já não tivesse provado desse veneno antes, é como se eu não tivesse percebido que para o ser humano, sentir a falta do outro faz muita diferença. É que eu cresci muito esses últimos anos e aprendi que deixar o orgulho de lado às vezes me faz alcançar as pessoas, ser mais maleável e mais alegre, carregando ou não uma mágoa enquanto ofereço um sorriso.
Queria ser uma boa memória, sabe. Peço desculpas demais, aguento muitas frases idiotas, ignoro coisas que me fariam recuar, tudo pra tirar a culpa que alguém poderia sentir e trazê-la pra meus ombros; pra mim fica mais fácil, mas não sou nenhuma mártir, pelo contrário. Não significa que sou de ferro, não significa que eu não continue a pensar e repensar no que ouvi. É que de todas as coisas que mais tenho medo, em primeiro lugar vem regressar no que uma vez já me tornei pra alguém. Penso que tudo o que ouvi é mentira; isso não é agradável, mentiras ferem. Mas tudo bem, quando acontece eu não me deixo abalar.
Você não gostaria que alguém sentisse sua falta ao te perder? Não é egoísmo pensar assim. É possível até que se olhe pra trás e se possa sorrir. Quem sente falta quer de volta, quem tem de volta fica em paz. Um dia quem sabe eu possa me abalar e querer de volta. Volte e eu seria agradecida. Por enquanto estou só dando conselhos hipotéticos. Não se preocupe, estou sorrindo enquanto escrevo isso. Tenho sorrisos de sobra, sabe?
Preciso ter paciência, preciso que aprendam que sendo como eu sou as pessoas podiam ter paciência comigo também, que possam rir de mim quando eu estiver pirando quanto a assuntos que não são meus. Mas não, não uma risada de deboche. Uma risada de compaixão. “Poxa, olha só pra ela, preocupada comigo.”
Pois é, não vou parar, nunca ache isso. Não posso dizer tudo o que quero, mas do pouco que eu digo espero que algo se aproveite. Revire os olhos e diga que de baboseira o mundo tá cheio. Mas eu não posso mudar o mundo, só posso viver na parte dele que me convêm. Baboseiras me convêm em períodos de TPM, haha.
J. A.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dirty little freaks

As semanas se passam desde que minhas férias começaram. Os planos se adiam. Todo dia eu penso no que fazer a partir de amanhã e sempre falho. Estou com medo do ano que vem, estou dividida entre aproveitar essas férias ao máximo ou tomar coragem pra começar mais cedo o que vou fazer quando as aulas começarem. Fico pensando no fim do livro quando lembro dessa minha aflição e por mais que eu queira falar sou obrigada a deixar os senhores na curiosidade. haha.
Depois da meia noite tem ficado na minha cabeceira. Não o lia há duas semanas e me deu a maior saudade. Minha meta é decorar todas as linhas daquele livro como eu decorava as falas de "Madagascar" quando era pequenina. Madagascar eu assisti 32 vezes, DMN eu li 16 vezes. Quando empatar eu venho dizer se decorei tudinho.
Parei agora no capítulo 7. Um dos que eu mais gosto é o 8 e quero muito lê-lo outra vez. É nesse capítulo que o Ryan entra de férias, vindo de um final de semestre bem agitado pra ele. A cena que antecede todos os incríveis acontecimentos do capítulo 8 é a seguinte:
"Chelsea balançou a cabeça. – Então tome cuidado com quem quer que seja, ouviu? Essa garota deve estar pirando enquanto te espera. Você não sabe a pressão que elas sentem só em pensar que vão ficar com Ryan Borton.
– Pressão? – me abaixei até estar em seu ouvido. – Hum, só quem saberia disso é alguém que se imaginou ficando com Ryan Borton - parei e ri sem querer. Toquei o cabelo dela e a vi arregalar os olhos. - Se sobrar tempo eu vejo o que posso fazer por você, Chels..."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Você e eu para... sempre?

A vida muda num piscar de olhos. Num dia amamos, no outro dia o que temos é ódio. De par perfeito viramos os perfeitos estranhos. O ano passa, novas coisas a fazer, novas tarefas que nos afastam das tarefas antigas. Pessoas vem e vão pela sua mente, a amizade dos que ficam às vezes muda. Se enfraquece, se fortalece e você sente que a culpa foi de tempo. Anos depois aquelas pessoas voltam a te ligar: lembraram de você. O tempo passou.
Sabe quando o dia parece pequeno, as horas parecem minutos? Quem já desejou viver pra sempre não sabe o que isso significaria. O que você faria com toda uma eternidade pela frente? Essa pode até ser uma pergunta frequente nos últimos anos, mas não uma pergunta que eu tenha feito a mim mesma. Já desejei milhares de vezes que o relógio parasse no meio de algo incrível; queria muito mais tempo pra fazer certas coisas e nunca vou tê-lo. Pensar assim me leva de volta aos meus 9 anos de idade quando eu fiz esse desejo com a maior força que eu podia. Depois disso eu cresci, deixei de desejar o impossível.
Tive que pensar muito em eternidade enquanto escrevia DMN e muitos sentimentos de compaixão surgiram em mim para com a minha própria personagem. Tendo que pensar como ela por um tempo eu fui obrigada a sentir o drama. Drama de quem tenta planejar uma história de amor que é totalmente impedida pelo tempo.
"– Ryan – May chamou; sua voz indiferente; não sei, talvez triste.[...]– Quanto tempo você acha que vai viver?
– O quê? – repeti; dessa vez surpreso com suas palavras. Era a coisa mais macabra que já a tinha ouvido perguntar. – Nossa, você é mesmo boa em acabar com o clima. E é porque já não estávamos em um muito bom.
– A gente tem que encarar essa pergunta cedo ou tarde. Não há opções aqui, você vai envelhecer. É triste, é terrível ouvir isso, e imagino que deva ser pior pra você ouvir de mim; mas é um fato que nos persegue. Quanto tempo acha que vai viver?
– O que mudaria pra você saber disso? Já pedi pra pensarmos no agora.
Ela levantou. – Eu preciso fazer planos, Ryan! Pra nós dois o acaso não é opção, você não entendeu? Se a cada dia nós vivermos no agora, eu tenho medo de que chegue o dia em que o agora acabe sem que eu tenha feito nada do que queria pra nós.
– Então faça isso agora.
– Não é simples assim, você sabe!
– O mundo vai acabar, May; faça seus planos como se isso for acontecer amanhã, então.
– E então a gente vai se ver de novo? Depois de amanhã, eu quero dizer, depois do mundo acabar. Vai ser rápido assim ou eu vou ter que esperar muito?"

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mundo atual

Às vezes a melancolia bate à porta, mas os dias passam, a vida anda, novos sentimentos vêm e vão. Quero crescer, quero saber como é ter mais responsabilidades, quero usar salto alto no trabalho, ser respeitada. A imortalidade não é uma bênção. Solidão, monotonia, desespero. Pobre May.
A época de vestibular tá acontecendo no Brasil todo. Tenho que dizer que é difícil. Passar um ano inteiro se preparando para três ou quatro dias, algumas poucas questões que inúmeras pessoas estão fazendo ao seu redor. Não to colocando pressão em ninguém, to tentando dizer que a vida é mais ou menos assim, o tempo inteiro. Ralar é preciso.
Li o livro do Machado de Assis que tá como obra do vestibular da minha cidade esse ano. Livro bom, apesar de milhares de caras feias que aparecem quando o nome da obra é revelada. Cada livro há algo a se admirar e eu tenho sim meus elogios quanto a esse. Admiro, acima de tudo, o modo como, de uma vez só, desprezando sutilezas, o autor decidiu desvendar as enganações de toda uma escola literária. Ele mostra os pecados dentro da cabeça dos homens, mostra o lado ruim que ninguém antes queria mostrar. Sou fã da coragem que Machado demonstra nesse livro.
O meu livro, seguindo esses meus princípios, é diferente dos contos místicos que a sociedade de hoje está acostumada a ler. Tentei provar o quanto eu estava cansada de que subestimassem a capacidade humana de entender e fazer parte da realidade. Cansei.
Uma das coisas que fiz antes de começar a escrever foi conversar com gente da idade e da classe social das minhas personagens. Pessoas comuns que tentam se achar no mundo, que tentam ter amigos, tentam ler algo legal de vez em quando... Sei bem que nem sempre a realidade tem que ser tão real, e tentei criar DMN em cima disso. Algo mais surreal do que a história da May?
Ah, qual é, você não conhece a May? Eu sei algumas poucas páginas onde ela está...