Às vezes a melancolia bate à porta, mas os dias passam, a vida anda, novos sentimentos vêm e vão. Quero crescer, quero saber como é ter mais responsabilidades, quero usar salto alto no trabalho, ser respeitada. A imortalidade não é uma bênção. Solidão, monotonia, desespero. Pobre May.
A época de vestibular tá acontecendo no Brasil todo. Tenho que dizer que é difícil. Passar um ano inteiro se preparando para três ou quatro dias, algumas poucas questões que inúmeras pessoas estão fazendo ao seu redor. Não to colocando pressão em ninguém, to tentando dizer que a vida é mais ou menos assim, o tempo inteiro. Ralar é preciso.
Li o livro do Machado de Assis que tá como obra do vestibular da minha cidade esse ano. Livro bom, apesar de milhares de caras feias que aparecem quando o nome da obra é revelada. Cada livro há algo a se admirar e eu tenho sim meus elogios quanto a esse. Admiro, acima de tudo, o modo como, de uma vez só, desprezando sutilezas, o autor decidiu desvendar as enganações de toda uma escola literária. Ele mostra os pecados dentro da cabeça dos homens, mostra o lado ruim que ninguém antes queria mostrar. Sou fã da coragem que Machado demonstra nesse livro.
O meu livro, seguindo esses meus princípios, é diferente dos contos místicos que a sociedade de hoje está acostumada a ler. Tentei provar o quanto eu estava cansada de que subestimassem a capacidade humana de entender e fazer parte da realidade. Cansei.
Uma das coisas que fiz antes de começar a escrever foi conversar com gente da idade e da classe social das minhas personagens. Pessoas comuns que tentam se achar no mundo, que tentam ter amigos, tentam ler algo legal de vez em quando... Sei bem que nem sempre a realidade tem que ser tão real, e tentei criar DMN em cima disso. Algo mais surreal do que a história da May?
Ah, qual é, você não conhece a May? Eu sei algumas poucas páginas onde ela está...
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