sexta-feira, 30 de julho de 2010

De onde veio

Uma vez me perguntaram de onde eu tirava os nomes dos personagens do meu livro, já que já escrevi tantos e nunca repeti nenhum; a resposta é simples: exatamente daquele lugar que você nunca repara. De onde? Dos créditos dos filmes! Podia até ser possível você digitar o nome de um deles e encontrar um editor de imagens famoso, um ator em início de carreira... Ah, não, já pensei tanto nisso que sempre separo os nomes dos sobrenomes; acrescento letra, tiro letra, e o resultado é essa coleção de nome esquisito que eu exponho ao longo das páginas. Falei que eu adoro nome estranho?
Mas coisa diferente aconteceu com a personagem principal de DMN, a May. O nome dela é mais que especial, porque vem de uma história um tanto triste e sem fim que eu vivi há alguns anos. Minha mania de sair fazendo amizade pela internet me rendeu uma colega incrível! A gente compartilhava dos mesmos problemas - que eu alego serem muitos -, concordávamos em milhares de assuntos, gostávamos do mesmo tipo de música, e apesar de tudo, começamos nossa amizade como inimigas mortais - longa história. Só que o tempo faz milagres; transformou a raiva em admiração, nós duas viramos inseparáveis.
Ironia, mas pra o destino separar a gente foi assim facinho! Ela perdeu o celular, a conta de orkut dela pela qual a gente se falava foi roubada e sem escolha acabamos nossa amizade por aí. Acabei sem nunca saber muita coisa sobre ela - malefícios da Internet. Sei que morava em Porto Alegre, é um tanto loirinha, minha idade, olhos claros, uma irmã mais nova que lhe roubava a paciência e, ah, se chamava May. Então se você encontrar alguém com essa descrição por aí, avisa a ela que o nome - e só o nome - foi imitado dela.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pra começar

"De repente começou a parecer que ela realmente tinha algum truque por trás do que ela era, ou do que ela me dizia; como se fosse um segredo misterioso demais pra que eu entendesse.
May era uma sombra da luz do sol quando olhou para mim. A luz bem atrás de si, sua pele pálida iluminada com dourado; mas foram seus olhos que me chamaram atenção, estavam tão tristes e cautelosos como nunca os vi. Ela parecia, também, surpresa com a minha pergunta, como se fosse muito óbvio.
– Você não vê, Borton? – Sua voz estava baixa e quebradiça, como se a tristeza e a dor a dificultassem a fala. Aquilo de alguma forma pesou em meu peito. – Você acha mesmo que está tudo certo comigo?"
Essa é a sinopse do livro, da qual eu sei que não dá pra tirar muita coisa, mas esse era exatamente o propósito, haha. Ryan é um carinha popular, mesquinho, egocêntrico, que eu tenho certeza que você consegue relacionar com alguém que conhece. A história é contada por ele, o que basicamente mostra vários pensamentos masculinos que nós mulheres sempre quisemos estar por dentro, e os homens nunca querem admitir que têm. Mostra desde de sua fase mais egoísta até seus conflitos interiores em relação a um novo sentimento que vem nascendo nele. Tadinho, não entende a mente feminina, exatamente como os homens que conhecemos, não? Curioso? Ler é melhor remédio.

Hoje

Fiz uma coisa que me deixou um monte triste comigo mesma, mas por uma boa causa a gente faz de tudo, não?

O personagem principal desse livro, o Ryan, é um carinha teimoso e complicado que nem se importa de fazer coisa errada, boa causa ou não. Gosto desse livro porque ele mostra exatamente a vida de um adolescente metido a independente, sem cortes, sem mentiras, e mesmo assim consegue ser apaixonante. Porque na vida real a gente nunca se apaixona por um cara sem defeitos, certo?

Pois é, hoje eu fui pra o shopping com um colega; estudou na escola que eu estudo ano passado, lindo que só ele, e a gente só falou "oi, Julie, prazer" e "tchau, até qualquer dia" durante todo aquele ano, logo no último dia de aula. Desde lá só nos falamos por msn, mas já aconteceu de tudo, virei cupida, conselheira; ele, psicólogo dos melhores. Só amigo, apesar de tudo.

Costume meu trazer tudo pra dentro de Depois da meia noite, acabei imaginando o que o Ryan sentiu ao encontrar a May depois daquele primeiro contratempo, logo no início do livro.