Conversas vãs, horas gastadas à toa. Sente-se e pergunte-se o que vem a seguir. Acréscimos, sorrisos falsos. Já não cansa mais esquecer-se todos os dias? A vida está mais mecânica, criaram dias disso e daquilo; ninguém realmente sabe por que comemoram. Comemorar sim a vida, porque perdê-la é simplesmente não poder esperar por mais nada. May, diga-me como é o outro lado.
Tenho feito careta para os clichés, outros tem feito comigo porque fingem. Ou porque os abominam também, quem pode julgá-los? Aquelas palavras que disse, as vezes que ri de qualquer besteira que escutei. Meu Deus, parar de rir para que ninguém revire os olhos e me julgue infantil? Agradá-los a que ponto? Mas sou eu quem preciso deles. May, conte-me se a sua seriedade tem sido útil.
Perder amigos porque eles cansaram de parar e de pensar no que tenho escrito. Sinto meu corpo fadigado de febre e mesmo assim procuro incansável pela fórmula secreta contra a preguiça. Digo ainda que as palavras são todas erradas, porque teimam em escorregar de meus pensamentos e caírem ao chão como cai fruta madura do pé. May, ajude-me a colher as palavras na hora certa, a controlá-las.
Não, não é fácil. Mas também não é desesperador. É sólido, consistente, então é algo em que se pode medir o futuro. O tempo, é claro.
E nesse vai e vem de insegurança e peito erguido, me pergunto se a frescura já me atingiu tão forte assim ou são só desculpas. Cansei, de verdade, de esperar que entre mim e tal ser as coisas voltem a ser aquele drama simples e a praticidade complicada dos velhos tempos. Tudo bem que crescemos, mas, como uma planta, quando ela cresce demais precisa ser podada. Como a torre de Babel, que confundia os homens quanto mais alta ficava. May, conte para mim como é não saber o que sentir e saber que não há saída. Conte-me e eu peço perdão por tê-la destinado a morte.
Oi, primeira visitinha aqui!
ResponderExcluirAdorei seu blog e pretendo ficar vindo comentar!
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bjsss *-*