quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sono e gripe

Intervalo da aula. Quando eu me matriculei juro que tinha "matutino" escrito no contrato. Como todo mundo sabe que aluno veio ao mundo pra sofrer, nada mais justo que deixar que a regra continue e a solução é colocar aula à tarde duas vezes por semana. Mas eu não vim falar disso. Dias atrás me inspirei e escrevi um pequeno texto na pasta de rascunhos do meu celular enquanto pensava na terna sensação que Ryan sentia ao beijar a May.
"A sensação de um beijo passa muito rápido. O que devia estar ali toda vez que se fecha os olhos, segundos depois não passa de uma breve lembrança do que você gostaria de ter feito passar devagar só pra se lembrar de como é. O gosto do beijo demora um pouco mais para passar, mas, igualmente, vai embora sem se importar com o quanto você quer guardá-lo. Beijo é como aquela última fatia de bolo na geladeira: você tenta guardar um pouco pra depois, mas algo dentro de você te diz pra aproveitar de uma vez. Quando menos se espera, se sente falta do sabor que nem é mais lembrado. E como existem aqueles que se viciam com a comida, existem os viciados em beijo. Dietas são sempres ruins."
J. A. Nobel.

A sensação que faz os lábios de Ryan arderem depois do beijo de May não está exatamente no ato. Dizem que o amor é uma reação química - me atrevo a dizer que poderosa - e se dar ao luxo de sentí-lo pode te fazer imaginar qualquer sensação. Aposto - e como autora do livro, eu sei - que se alguém fosse dizer isso para Ryan, ele negaria com todas as forças que era imaginação. Quanto a isso eu deixo cada um de vocês para trazer a mente uma lembrança sobre isso. Boas ou ruins, beijos formam lembranças.

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