segunda-feira, 8 de novembro de 2010

kill or be killed

Bom, não sei se já mencionei esse fato mas recentemente escolhi mudar o fim da história. Quem me conhece sabe que eu sou uma romântica anti-romântica (sim, isso é possível) e que eu precisava manter o padrão que escolhi manter desde o início do livro. O final que escolhi agora (tendo ajuda, é claro), é um que deixou até a mim de queixo caído. Tantos meses que edito a mesma história, tanto tempo convivendo com um mesmo final me deixou arrasada em mudá-lo. Mas era preciso.
Crescer exige de nós um pouco de sacrifício e desapegar das velhas coisas é o que nos deixa abertos pra as novas. O livro ganhou todo um novo mistério, muitas coisas foram reviradas, explicações ficaram mais aparentes e ao mesmo tempo misteriosas. Mudar o fim me rendeu mudar o início também, só um paragrafo que fazia toda a diferença. Para aqueles que ficaram curiosos só o que eu posso fazer é colocar aqui o prólogo curtinho de DMN. Divirtam-se.

"Talvez, se eu tivesse pelo menos um fio de consciência naquele momento, eu pudesse perceber que aquela noite era particularmente especial.
Talvez tivesse ouvido a enfermeira gritar um “feliz ano novo” no fim da sala enquanto minha mãe soltava um gemido de alívio misturado com uma alegria terna em saber que tudo tinha acabado, aquela parte pelo menos. O médico talvez tenha se espantado com a hora que o relógio marcava, talvez tenha pensado: “exatamente meia noite”.
Lá fora as pessoas faziam barulho, suponho; na praia, fogos de artifício iluminavam o litoral, e logo do lado de fora dessa sala, meu pai resmungava por notícias. Então, no outro dia eu ia pra casa com aqueles dois novos estranhos, mas ao mesmo tempo, velhos conhecidos, enquanto tinha adormecido sem pensar no que me esperava pela frente.
Eu queria poder me lembrar do que senti quando o primeiro segundo me atingiu, tentando fingir que ele não importava, tentando me esconder o que ele queria de mim. Mas o tempo pra mim sempre foi um mistério, e aquele primeiro segundo me ajudaria a descobrir mais tarde que eu não sabia do mistério a metade.
Então o que tinha dado errado? O que saiu do controle? Foi só um equívoco sem importância? O relógio mentiu? Aquilo que era esperado de acontecer não estava acontecendo e nada poderia explicar o que fugira dos nossos planos. Porque a minha parte eu sabia que estava cumprindo corretamente. Naquele momento, apesar de tudo, eu estava sim pensando nela."

2 comentários:

  1. háha, tenso nãao, a bixiga *-* adoro.

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  2. Tenso mesmo. Eu concordo plenamente. Mas oi, Mari. Senti falta de você por aqui

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